Thursday, September 21, 2023
Perda de cabeloO que é alopecia nervosa ou queda de cabelo devido ao estresse?

O que é alopecia nervosa ou queda de cabelo devido ao estresse?

Você sabia que o estresse influencia o ciclo de crescimento do cabelo, podendo causar queda capilar? Em situações que envolvem um desgaste emocional grande, como infecções, cirurgias, gravidez, luto ou quadros depressivos, algumas pessoas percebem a perda de tufos de cabelo no travesseiro ou no chuveiro durante o banho, o que os médicos chamam de eflúvio telógeno.

Esse problema surge cerca de três meses após o momento de tensão e normalmente se resolve naturalmente. Entretanto, a depender do grau de estresse pode ocorrer de forma crônica e causar um dano maior.

Confira nesse artigo a relação entre o estresse e a queda dos cabelos e como evitar essa circunstância que afeta o bem estar físico, psicológico e a autoestima.

Queda de cabelo devido ao estresse

O eflúvio telógeno, a queda de cabelo ligada ao estresse, pode muitas vezes ser confundida com a calvície. E trata-se de uma questão bem preocupante pois não importa o quanto a pessoa cuide dos cabelos, uma vez que se ela não tratar o problema emocional, eles continuarão a cair.

Mas, por que isso acontece? O estresse eleva as taxas do hormônio cortisol no organismo, o que afeta a absorção de nutrientes, levando a um desequilíbrio de vitaminas e nutrientes essenciais para o crescimento e fortalecimento dos fios, fazendo com que o cabelo caia.

Quando as pessoas se desequilibram emocionalmente, o sistema nervoso envia sinais químicos. Estes são liberados na raiz dos fios, gerando uma pausa no crescimento. Em seguida, é liberado cortisol, diminuindo, assim, o ciclo natural do cabelo. Além disso, o folículo capilar pode produzir cortisol dentro dele.

Fisiologicamente falando, em situações de estresse, o corpo não entende que os cabelos são importantes. Assim, quando há demandas maiores de vitaminas e proteínas, o organismo usará também os nutrientes que antes eram direcionados aos cabelos. Ou seja, em um quadro de estresse, a produção de estriol, substância que impede a entrada de nutrientes na região capilar, é acelerada e, consequentemente, freia o crescimento dos fios.

Há ainda os casos de tricotilomania, uma condição psicológica em que a pessoa arranca os cabelos, a ponto de causar algum grau de interferência na capacidade de crescimento dos fios. Esse problema pode ser causado por estresse e ansiedade. Para quem sofre desse distúrbio, não é fácil controlar a ação. É como se a pessoa entrasse em transe, ficando completamente focada em puxar os fios, muitas vezes sem ver ou ter consciência do que está fazendo.

Tipos de queda capilar

Há diversos tipos de queda capilar, além do eflúvio telógeno que já citamos. Entre os mais conhecidos, podemos listar os seguintes:

  •  Alopecia androgenética:  pode ser denominada como a calvície hereditária e está relacionada a hormônios. Atinge principalmente os homens;
  •  Alopecia areata: nesse caso, o próprio sistema imunológico da pessoa ataca os folículos capilares, que se enfraquecem e caem. Geralmente, o fio volta a crescer naturalmente depois de um período;
  •  Alopecia por tração: causada por uso excessivo e por longos períodos de penteados apertados, como rabo-de-cavalo e tranças;
  •  Alopecia cicatricial: é um quadro de queda de cabelo causado por doenças autoimunes, inflamações, traumas, infecções e até uso de produtos químicos; 

Como tratar a queda de cabelo devido ao estresse?

Em um caso de queda de cabelo relacionada ao estresse, é preciso primeiramente cuidar do fator emocional, já que é o responsável pelo sintoma da perda capilar. A queda dos fios, por exemplo, pode ser resolvida com suplementos e tratamentos específicos, prescritos por um dermatologista ou especialista em tricologia.

Portanto, é fundamental evitar o estresse buscando hábitos de vida mais saudáveis, que ajudem a controlar os sintomas do descontrole das emoções. Conheça algumas dicas bastante úteis:

1. Fazer atividades físicas com frequência

Exercícios físicos regularmente liberam hormônios e neurotransmissores na corrente sanguínea, como a endorfina, que despertam a sensação de relaxamento e aliviam os sintomas de estresse e ansiedade, semelhante ao efeito de um analgésico ou um sedativo. Portanto, o sedentarismo é um grande inimigo para as pessoas que sofrem com estresse, devendo manter uma rotina frequente de atividades físicas, cerca de 2 a 3 vezes por semana para manter a saúde física e mental em dia.

2. Viver o momento presente

Focar no presente e tentar pensar menos no passado nem se preocupar tanto com o futuro. Isso ajuda a reduzir os níveis de ansiedade. Existem alguns exercícios de meditação, como a técnica de mindfulness, que treinam a mente com o objetivo de melhorar a respiração, acalmar os pensamentos e direcionar os esforços para o momento presente, concentrando no agora e reduzindo sintomas de estresse.

3. Ter uma boa noite de sono

A privação do sono para descansarmos pode causar irritabilidade, desatenção e menos concentração, além de enfraquecer o sistema imunológico. Por isso, se você tem dificuldade para dormir busque um ambiente tranquilo, silencioso e evite celulares e outros aparelhos na cama, pois eles nos deixam em estado alerta e prejudicam o estado de relaxamento para o sono.

4. Reservar momentos para relaxar

A maioria das pessoas vive rotinas intensas, na correria cheia de tarefas. O dia a dia agitado é o maior fator desencadeador para o surgimento de crises de estresse. Para evitar esse risco, reserve um momento para relaxar e cuidar de você, buscando atividades prazerosas como escutar música, dançar, desenhar, escrever, ver algum filme etc.

5. Fazer terapia

A terapia auxilia a reconhecer o fator que está causando o estresse e orienta o paciente a encontrar um equilíbrio emocional para lidar com o problema, de forma a minimizar as reações do corpo como a queda de cabelo. É importante que a terapia seja feita mediante acompanhamento de um psicólogo ou psicoterapeuta que irá direcionar na busca pelas compreensões e soluções.

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