Wednesday, October 16, 2024
NotíciaComo o enxerto de cabelo afeta a vida sexual

Como o enxerto de cabelo afeta a vida sexual

Sabemos que o cabelo simboliza confiança e autoestima para homens e mulheres, sendo historicamente associado à beleza e sedução feminina e à virilidade e força masculina. Os cabelos são considerados a moldura do rosto, razão pela qual a perda dos fios impacta tanto psicossocialmente as pessoas.

Por isso, mais do que recuperar os cabelos, o transplante capilar possibilita devolver ao paciente a sensação de bem-estar, a aceitação da aparência e a satisfação na vida pessoal, profissional e inclusive sexual. Entenda melhor como o enxerto de cabelo pode influenciar positivamente o sexo e o prazer do indivíduo.

Posso fazer sexo após realizar o transplante capilar?

Apesar de ser um procedimento simples e tranquilo, o transplante de cabelo não deixa de ser uma cirurgia que demanda cuidados após sua realização para que não comprometa a cicatrização e o resultado eficaz. Uma das recomendações é evitar relação sexual nos primeiros 15 dias do pós-operatório, assim como atividades físicas intensas.

A pressão excessiva causada no couro cabeludo ou o risco do cabelo ser puxado durante o ato sexual pode descolar alguns enxertos feitos no transplante capilar. No sexo também a pessoa produz suor, o que pode levar à problemas capilares como foliculite ou dermatite. A relação sexual pode ainda danificar as suturas e causar estiramento na área doadora. Tais complicações durante o período de recuperação devem ser evitadas ao máximo para não comprometer o resultado esperado da cirurgia.

É importante ressaltar que mesmo após os 15 dias de abstinência após o transplante, o paciente deve retomar a vida sexual com cuidado e moderação, sem movimentos bruscos com a cabeça ou puxões no couro cabeludo. Isso porque os folículos transplantados na área receptora ainda estão em cicatrização. 

Outros cuidados no pós-operatório de transplante de cabelo 

A cirurgia de enxerto capilar possui recomendações pós-operatórias simples, entretanto fundamentais para que o paciente consiga se recuperar rapidamente para retomar a rotina e alcance o resultado satisfatório desejado. Já sabemos o que é orientado quanto à vida sexual após o procedimento, mas vejamos outros cuidados necessários depois de realizado o transplante de cabelo:

  • Não dirigir imediatamente após a cirurgia para voltar para casa.
  • Fazer uma refeição leve e com pouco sal.
  • Tomar bastante líquido.
  • Nos primeiros três dias é proibido o consumo de bebidas alcoólicas e anticoagulantes ou aspirinas.
  • Colocar um travesseiro macio e uma toalha macia enrolada sob a nuca para evitar o apoio direto sobre os pontos.
  • Trocar a fronha do travesseiro todos os dias nas duas primeiras semanas.
  • A cabeça e a testa podem inchar nas primeiras 72h, o que é natural. Basta colocar compressas com gelo na testa para amenizar o inchaço, jamais em cima dos implantes. 
  • Dormir de barriga para cima e procurar manter a cabeça elevada.
  • Separar uma toalha de banho somente para secar a cabeça, não usar a mesma toalha que secou o corpo.
  • Não tomar sol, banho de piscina e mar antes de 2 meses do transplante capilar.
  • Se for se expor ao sol, usar boné ou chapéu desde que sejam largos e estejam limpos. Evite ficar com os acessórios por muito tempo.
  • Esportes de impacto somente após 2 meses do procedimento.
  • Caso tenha animais de estimação, sempre lavar as mãos e passar álcool.

Remédio para calvície causa impotência sexual? 

A perda dos cabelos é algo que causa muita preocupação, principalmente para os homens em que a calvície afeta mais. Entretanto, uma das soluções buscadas para o problema também traz outro incômodo: a finasterida, substância principal dos medicamentos contra a calvície, causa impotência sexual? 

A resposta para a pergunta é não, remédios para queda capilar não provocam disfunção erétil. A probabilidade até vem descrita na bula do medicamento, mas esse risco é mínimo, menos de 1% dos homens que utilizaram a finasterida como tratamento para a calvície relatou diminuição da libido, mas não necessariamente dificuldade de ereção. 

A impotência sexual consta como possível reação da finasterida pelo fato da legislação brasileira exigir que todos os efeitos colaterais identificados durante os testes sejam informados na bula do remédio. Logo, é muito pequeno o risco de perda do desejo sexual com o uso do medicamento.

Todavia, há relatos de redução da libido em pacientes que interromperam o uso da finasterida após mais de 20 anos de uso, porém os especialistas acreditam que essa diminuição do desejo sexual possa estar associada a outros fatores que não à substância, como por exemplo idade avançada, estresse, ansiedade ou depressão.

Mas por que a finasterida é associada à impotência sexual? A explicação vai além da informação que é mencionada na bula. A substância também é prescrita há quase três décadas para o problema de hiperplasia de próstata, sendo que para esse tratamento a dosagem é cinco a dez vezes maior do que para evitar a calvície, razão pela qual talvez intensifique alguns efeitos colaterais do medicamento como a disfunção erétil, mas essa relação não é comprovada cientificamente.

Agora que você já está careca de saber que remédios para calvície não causam impotência, vale ressaltar que a automedicação nunca é aconselhada. Apenas um especialista poderá dizer se o uso do remédio é ou não recomendado. E finasterida não é indicado para mulheres.

Outro medicamento utilizado para queda de cabelo é o minoxidil, prescrito para tratamento da alopecia androgenética em homens e mulheres. Assim como a finasterida, não há nenhum estudo científico comprovando a relação entre o uso do minoxidil e a impotência sexual.

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