Wednesday, October 16, 2024
Perda de cabeloQuais são as doenças mais comuns do couro cabeludo?

Quais são as doenças mais comuns do couro cabeludo?

As doenças do couro cabeludo podem afetar qualquer pessoa, independente de idade e sexo. Assim, é importante sempre ficar atento aos sinais para buscar um tratamento assim que notar algo diferente, como por exemplo coceiras e descamação na região da cabeça.

Para identificar melhor os sintomas e perceber se está com alguma doença no couro cabeludo, assim como recomendações para tratar e também prevenir que ocorra, conheça neste artigo as enfermidades mais comuns no couro cabeludo.

1. Psoríase

Doença crônica que acomete não apenas o couro cabeludo, mas também cotovelos e joelhos, entre outras áreas do corpo. A causa da psoríase está ligada à questão hereditária e ao sistema imunológico.

Se manifesta pela formação de manchas vermelhas e escamosas, de contornos definidos, que descamam de forma intensa a pele. A doença não é contagiosa e pode ser tratada com o uso de shampoos, cremes e medicamentos que aliviam os sintomas, principalmente a coceira, devendo ser indicados por um dermatologista.

2. Foliculite

A foliculite é uma inflamação nos folículos pilosos, causada pela bactéria Staphylococcus aureus, mas também pode ter origem viral ou fúngica. A doença atinge todas as regiões do corpo, exceto mucosas, palmas das mãos e plantas dos pés.

Os principais sintomas são pele avermelhada, coceira e pequenas bolhas de pus. Existem alguns tipos dessa enfermidade, sendo os mais comuns a foliculite decalvante, dissecante e a queloidiana da nuca.

A foliculite decalvante começa com uma descamação, prurido e pústulas no couro cabeludo, evoluindo para áreas de alopecia, surgindo placas elevadas com crostas e politriquia (Imersão de vários fios de um mesmo orifício). Já na dissecante ocorrem nódulos e abscessos dolorosos no couro cabeludo, causando áreas de alopecia.

A foliculite queloidiana da nuca é uma infecção crônica dos folículos pilosos que de forma agravada pode causar fibroses ou cicatrizes do tipo queloide. Ocorre mais frequentemente nos homens com tendência a acne.

O tratamento para a foliculite varia de acordo com o tipo e a gravidade, podendo ser indicado o uso de antibióticos, antifúngicos, antiparasitários ou corticóides tópicos ou orais.

3. Dermatite seborreica

Dermatite seborreica ou seborreia, é conhecida popularmente como caspa. Sua causa se dá em razão da mudança na produção de sebo pelas glândulas sebáceas, o que aumenta a oleosidade do couro cabeludo, seguida por inflamação e descamação.

 A área atingida da cabeça fica avermelhada e sensível, com placas ou crostas, podendo ocorrer coceira e descamação.

Para tratamento o médico pode recomendar a aplicação de cremes, shampoos ou pomadas que tenham corticoides, para ajudar a controlar a inflamação. Dependendo da região afetada e da severidade dos sintomas, pode também prescrever produtos com antifúngico na composição ou shampoos que contenham cetoconazol.

4. Alopecia

A alopecia é uma doença que causa a queda de cabelo ou pelos de outras regiões do corpo. Ela pode surgir em decorrência de doenças autoimunes e dermatites ou por fatores genéticos, além de reação ao uso de determinados medicamentos. Vejamos abaixo alguns tipos:

  • Alopecia androgenética

Conhecida como calvície, a alopecia androgenética é a perda de cabelo causada por fator genético. Pode ter início desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece, tornando os fios capilares cada vez mais finos. Essa enfermidade ocorre tanto em homens quanto em mulheres, se acentuando entre 30 e 40 anos. Nos homens, a área mais atingida no couro cabeludo é a frontal e da coroa. Já nas mulheres a parte central tende a ser a mais acometida.

  • Alopecia Areata

A alopecia areata é uma doença autoimune em que o corpo identifica como inimigas as próprias células, provocando a destruição delas. Pode haver queda de cabelo em placas de formato circular no couro cabeludo e também nos pelos da barba, das sobrancelhas e até dos cílios.

Não é contagiosa e está relacionada a quadros emocionais, quadros infecciosos, traumas físicos, entre outros. A perda dos cabelos não é irreversível, podendo os fios crescer novamente mesmo após a perda total, uma vez que a enfermidade não costuma destruir os folículos pilosos, apenas deixá-los inativos pela inflamação.

  • Alopecia Frontal Fibrosante

A alopecia frontal fibrosante é considerada uma variante de líquen plano pilar, que afeta mais as mulheres após a menopausa. É comum aparecer nas sobrancelhas, e quando no couro cabeludo a área atingida se inicia na linha frontal, deixando a pele fina e pálida e com aumento das entradas.

5. Pitiríase

A pitiríase é outra doença do couro cabeludo, uma micose de origem fúngica. Conhecida também como tínea capilar, causa coceira e descamação como sintomas, além de queda temporária do cabelo.

Os fungos causadores da pitiríase são ativados devido a mudanças no pH da região, à sudorese excessiva e até mesmo ao estresse, entre outras causas. Como tratamento para a pitiríase são indicados dermocosméticos anti-fúngicos, com a posologia conforme orientação médica.

 6.  Eflúvio Telógeno

O eflúvio telógeno ocorre com um aumento desproporcional da fase telógena, que é a queda ou desprendimento dos fios. A perda de até 100 fios de cabelo por dia é considerada normal, mas se ultrapassar essa quantidade deve-se suspeitar da doença.

Pode surgir em diversas situações, como pós-parto, deficiências nutricionais (ferro, zinco, vitamina B12), doenças como hipo ou hipertireoidismo, lúpus, infecções prévias (infecção urinária, pneumonia, dengue), pós-cirurgia, estresse agudo, dentre outros.

Além da queda dos fios, pode também causar coceira no couro cabeludo. O tratamento pode ser feito com medicações que estimulam o processo de crescimento capilar, mas é fundamental investigar se a enfermidade está associada a deficiência de alguma vitamina ou ferro.

Conclusão

Ter conhecimento das doenças mais comuns do couro cabeludo é importante para que consiga identificar se possui alguma enfermidade capilar e buscar o tratamento adequado para cada caso. Quanto mais cedo for diagnosticado o problema, maiores são as chances de o paciente recuperar a saúde dos cabelos sem afetar a imagem e a autoestima.

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