Quem nunca teve espinhas ao menos uma vez na vida, não é mesmo? Na adolescência e em outros períodos que ocorrem algum desajuste hormonal, na gravidez ou na menstruação por exemplo. Ainda que possam crescer em qualquer lugar do nosso corpo, o rosto costuma ser o lugar mais comum para se manifestarem, pelo fato de concentrar maior acúmulo de sebo e sujeira. Mas sabia que as espinhas também podem aparecer na cabeça?
O surgimento de espinhas na cabeça é algo comum de acontecer. Ocorrem quando os folículos pilosos, a estrutura dérmica onde crescem os pelos, estão obstruídos. Com isso, surge uma inflamação nesses folículos, que impede o nascimento e crescimento dos fios.
A acne no couro cabeludo são as espinhas espalhadas por toda a área da cabeça, enquanto que a foliculite é a inflamação ao redor dos folículos capilares. A acne capilar é mais frequente em pessoas que também possuem espinhas no rosto. E o que causa essas espinhas na cabeça? Confira a seguir.
O que pode causar espinhas na cabeça
A infecção dos folículos pode ser originada pela bactéria Staphylococcus aureus, mas também por vírus ou fungos. Costuma ser desencadeada pelo uso em excesso de produtos cosméticos e siliconados na raiz, pela falta de higiene dos cabelos, alterações hormonais ou nas glândulas sebáceas que provocam sudorese na cabeça e o acúmulo de sebo nos poros.
Além dos mencionados, outros fatores que podem causar espinhas na cabeça são uma alimentação desequilibrada, com excesso de gorduras saturadas, estresse e ansiedade, má adaptação ao clima da estação e alergia ou intolerância a determinados alimentos e bebidas.
Quem sofre desse problema sabe o quanto incomoda e se torna difícil pentear os cabelos e até mesmo lavá-los. Pode afetar tanto os homens quanto as mulheres, porém geralmente atinge mais o sexo masculino em razão da maior transpiração, oleosidade natural, uso de bonés e de produtos para cabelos de forma inadequada.
Existem algumas doenças que podem favorecer o desenvolvimento dessa inflamação, como por exemplo diabetes, leucemia crônica, AIDS, obesidade alta e dermatite seborreica, independente da idade do indivíduo.
Pacientes com caspa possuem a tendência de produzir óleo e atividade sebácea em excesso no couro cabeludo. Em razão disso, também são mais propensos a desenvolver espinhas na cabeça.
Para evitar que isso aconteça com frequência, vejamos quais os sintomas e tratamentos existentes para acabar com as indesejadas espinhas.
Sintomas de espinhas na cabeça
As espinhas no couro cabeludo ocorrem pela inflamação das glândulas sebáceas e derme no local. Entretanto, não deve ser confundida com dermatite seborreica, que geralmente pela oleosidade em excesso na raiz e com a pele inflamada causa flocos de pele ou cistos pilares.
Com a inflamação, espinhas com as pontas esbranquiçadas surgem ao redor dos folículos pilosos, o que pode causar vermelhidão, dor, coceira e pus no local. Este tipo de acne no couro cabeludo surge como uma protuberância ou pústula, sendo normalmente na linha capilar da testa, onde começa o cabelo, mas pode crescer em qualquer outra parte da cabeça.
É importante não espremer essas espinhas no couro cabeludo, pois assim como as acnes que surgem no rosto, essas na cabeça não devem ser espremidas pelo risco de bactérias presentes nas mãos e unhas entrarem em contato com a lesão, podendo agravar o quadro.
Uma vez percebidos esses sintomas, conheça os tratamentos para solucionar o problema.
Tratamentos para espinhas na cabeça
Para definir qual o melhor tratamento, aconselha-se buscar um especialista para analisar e diagnosticar, principalmente diante de sintomas mais graves. Em algumas situações o dermatologista pode aplicar um produto específico para a inflamação ou prescrever antibióticos ou antifúngicos, a depender da causa das espinhas na cabeça.
Na impossibilidade de uma consulta médica ou sendo um caso mais simples e superficial, seguem algumas orientações para prevenir e minimizar os sintomas:
- Fazer uma esfoliação do couro cabeludo com um produto adequado para o local
- Utilizar produtos tópicos com ácido salicílico e outros como clindamicina tópica, eritromicina, e peróxido de benzoíla.
- Usar shampoos próprios para oleosidade nos fios e no couro cabeludo
- Para os cabelos oleosos, lavá-los em intervalos mais curtos e não abafar nem prender os fios em seguida
- Lavar os cabelos com shampoo antirresíduo para eliminar o que esteja entupindo os folículos capilares
- Lavar os cabelos no mesmo dia caso tenha usado shampoo seco, a fim de evitar a obstrução dos poros
- Ao lavar os cabelos, não esfregar com força o couro cabeludo ou enfiar as unhas, pois pode provocar a produção de mais oleosidade e causar lesões. Fazer movimentos circulares para estimulação da circulação sanguínea
- Usar de forma moderada condicionadores e somente nos fios
- Evitar uso contínuo de chapéus e bonés
- Não coçar nem espremer as espinhas
- Evitar uso muito prolongado de anti sépticos e corticóides, uma vez que deixem a pele menos resistente à flora microbiana
- Adotar um corte de cabelo mais curto em épocas mais quentes do ano em que o calor causa sudorese em excesso
Conclusão
As espinhas na cabeça, se não forem devidamente tratadas, podem criar um grande desconforto com coceiras, dores e diversas complicações, dentre elas a queda acentuada ou definitiva dos fios e o aparecimento de cicatrizes.
Portanto, ao perceber certos carocinhos no couro cabeludo verifique se possuem alguns dos sintomas citados nesse texto e siga as recomendações básicas. Se for um caso mais agravado consulte um dermatologista para diagnosticar e tratar com mais precisão e eficácia.