Você sabia que o transplante de cabelo é definitivo? Com o passar dos anos após a realização do transplante capilar, o cabelo que nasceu dos folículos enxertados no couro cabeludo não sofrerá queda, sendo permanente o resultado do procedimento.
A razão disso é que os fios transplantados são extraídos da chamada área doadora, onde os genes da calvície não estão presentes, assim, a expectativa é de não caírem nunca mais, mesmo após 10, 20, 30 anos da operação.
Confira a seguir como isso é possível e fique seguro e otimista para realizar um transplante de cabelo se a calvície tem sido uma causa de grande insatisfação.
Evolução do transplante capilar
O transplante capilar evoluiu de forma considerável nos últimos 20 anos. Hoje a expressão “implante” nem é mais adequada, sendo transplante a mais correta a ser usada. Novas técnicas para a cirurgia, com resultado mais natural, recuperação rápida e sem o aspecto de cabelo de boneca nos fios transplantados comprovam como o procedimento avançou, modernizou e se consolidou no mundo.
As técnicas atuais do procedimento quase não deixam cicatrizes, sendo imperceptíveis mesmo na linha da testa, onde no passado entregavam facilmente o “cabelo de boneca” dos transplantados.
A técnica moderna utilizada hoje foi descoberta em 1939, pelo Dr. Okuda, um dermatologista japonês que fez um estudo com 200 casos de reconstrução nas alopecias de origem cicatricial (queimadura). Seu método consistia no uso de pequenos enxertos de couro cabeludo (1 a 5 mm de diâmetro), que eram enxertados nas áreas afetadas pela queimadura. Com isso, o médico comprovou que os fios continuavam a crescer após serem transplantados.
Nos anos 90, Dr. Rassman, com o objetivo de evitar cicatrizes e diminuir a morbidade na área doadora, introduziu a técnica de extração de unidade folicular através de micropunchs e a chamou de FOX (Folicular unit extraction). Atualmente ela é denominada de FUE, sendo a técnica mais inovadora existente.
O instrumento giratório utilizado hoje, de 0,8 a 0,9 mm de diâmetro, poupa uma parte da força para remover os folículos capilares. Isso trouxe um significativo alívio para o profissional, uma vez que a cirurgia normalmente consiste na retirada de 2 a 3 mil unidades foliculares e durar em média sete horas.
Nessas duas décadas, os cirurgiões também ampliaram as estratégias para sucesso do transplante, como por exemplo reservar os folículos com uma só raiz para a linha de frente da cabeça. Assim, com os fios menos agrupados, o efeito “boneca” do enxerto é amenizado. Outro esforço é para garantir o mínimo trauma na retirada para não se perder a vascularização que alimenta as raízes dos cabelos.
O transplante capilar é considerado a cirurgia que mais evoluiu nos últimos anos, com novos métodos ou associação deles e novos instrumentos para extração e implantação dos fios, promovendo resultados cada vez mais naturais e eficazes.
Transplante de cabelo após 10 anos
Depois de uma década do procedimento de enxerto capilar, os fios que cresceram dos folículos transplantados não caem mais, permanecendo intactos no couro cabeludo. Como já dito anteriormente, isso ocorre porque os folículos capilares usados na cirurgia foram retirados da área doadora, que não possuem os genes da calvície.
Mesmo os fios sendo transplantados em uma região calva o que predomina é a carga genética das unidades foliculares transplantadas, não sendo afetados pela calvície androgenética. Assim, é garantido um tempo de vida quase definitivo para estes novos cabelos enxertados.
Os métodos modernos existentes hoje garantem um alto índice de sucesso no transplante capilar, chegando a 95%. Como o enxerto é feito do próprio bulbo capilar do paciente, as chances de aceitação do procedimento são bem elevadas e o resultado mais natural e duradouro.
Entretanto, é importante deixar claro que o transplante capilar feito com a alopecia ainda ativa só fica permanente na área transplantada, ou seja, a calvície deve continuar progredindo e os outros fios podem cair, mas os transplantados ficarão firmes. Por isso, o recomendado é realizar a operação após finalizada a progressão da calvície para conseguir cobrir o couro cabeludo de forma mais abrangente e ter efeitos satisfatórios em uma única cirurgia.
Outra questão que é preciso lembrar é de que podem ter casos em que o resultado do transplante capilar não será para o resto da vida, pois a velhice normalmente provoca a queda de cabelo em toda a cabeça. Com o passar dos anos os fios naturalmente tendem a embranquecer, afinar e cair mais.
Portanto, algumas pessoas que realizaram o transplante capilar também podem sofrer a perda de cabelo enxertado. Mas, vale ressaltar que essa perda não será tão excessiva e haverá apenas uma redução de volume.
Conclusão
O resultado do transplante capilar após 10 anos ou mais da operação, se realizado por um profissional qualificado, será bastante compensatório. Assim, com 10 anos de procedimento, os efeitos do enxerto de cabelo serão os mesmos do primeiro ano.
Na verdade, serão ainda melhores diante das mudanças positivas geradas na vida do paciente, como o resgate da autoestima e da satisfação com a aparência. Tais fatores psicológicos influenciam totalmente as relações pessoais e profissionais, indo muito além de uma questão física.
Ações drásticas podem ser tomadas diante da perda acentuada dos cabelos e podem levar ao desenvolvimento de transtornos psicossociais, como o isolamento e o uso sem prescrição de produtos e medicamentos para a calvície que podem ser prejudiciais.
O transplante capilar, seja com um ou dez anos de cirurgia, vai deixar os cabelos da pessoa com um aspecto natural, pois a área doadora não é visível após o procedimento e os fios enxertados são misturados para o cabelo crescer e se uniformizar com o todo. Será possível fazer novos cortes nos fios e ousar nos penteados e colorações, uma vez que o cabelo transplantado suporta esses processos com a mesma força dos demais.